quinta-feira, 19 de maio de 2011

Rumo ao submarino nuclear

O domínio da tecnologia de fabricação de submarino de propulsão nuclear é um objetivo que o Brasil persegue não é de hoje. O território escolhido para a materialização final do projeto, prevista para 2022, é o município de Itaguaí, de acordo com o Plano Estratégico de Defesa Nacional. Antes que essa data seja alcançada, porém,  a Marinha do Brasil projeta construir na cidade uma base naval e um estaleiro onde serão construídos quatro submarinos convencionais de 1.800 toneladas, movidos a óleo diesel; e o primeiro Submarino Nuclear Brasileiro, de 6.000 toneladas. Para gerenciar a construção de estaleiro, dos submarinos e da futura base de submarinos, a Marinha do Brasil ativou a Coordenadoria do Programa de Desenvolvimento de Submarinos de Propulsão Nuclear, e entregou à Odebrecht a missão de construir os empreendimentos.

O primeiro submarino será em parte feito na França. Os outros terão seus cascos montados no Brasil, depois de manufaturados na Nuclep. A francesa DCNS dará assistência para o design da parte não-nuclear do submarino e para as obras de construção do estaleiro e da nova base de submarinos da Marinha, que serão construídos por uma joint-venture formada pela própria empresa francesa e a Odebrecht.
Desde 2010, as obras no local  estão limitadas ao primeiro movimento de terras na Ilha da Madeira, Itaguaí-RJ, ao lado das instalações da Nuclep, onde a Odebrecht já começou a erguer a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, UFEM. Depois virão o estaleiro e a base de submarinos de alta sofisticação. As áreas envolvidas somam 980 mil m2,  dos quais 750 mil m2 na água. O acesso ao conjunto se dará por um túnel escavado em rocha de 850 metros de comprimentos e uma estrada exclusiva de 1,5 quilômetros. Haverá dois píeres de 150 metros cada um e três docas secas (duas coberturas) de 170 metros. No total, serão 27 edifícios. A dragagem passa de seis milhões de metros cúbicos. O plano da obra prevê a geração de 700 empregos diretos. Pronta, a instalação poderá dar apoio técnico a uma frota de 10 submarinos, e terá capacidade para construir duas unidades novas simultaneamente. Um dos prédios, destinado ao procedimento de troca do reator do navio nuclear ou do combustível, será alto, equivalente a 16 andares. Os submarinos vão circular, entrar e sair das instalações por meios próprios, movimentando-se por uma zona molhada com 340 mil m2.




    



3 comentários:

  1. É o blog da Miriel, também é cultura =D

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  2. Mais um blog interessante e repleto de novidades.Valeu,Miriel.:)))

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  3. Olá, bom dia!
    Tive uma ótima surpresa enquanto pesquisava no google sobre a faculdade que pretendo fazer: uma mulher da area tecnológica que estuda na Uezo, digo isso porque dificilmente encontro uma mulher que compartilhe o mesmo gosto que eu, pretendo fazer o curso de engenharia de produção na Uezo, mas as pessoas falam tão mal da infraestrutura dessa universidade que fico receosa. Você poderia por gentileza me dar o seu parecer de estudante se vale a pena? A propósito amei seus dois blogs, vou lê-los aos poucos.....

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